02 de julho
Sim, já somos um grupo.
E isso é determinante para o sucesso desta campanha.
O trabalho tem sido muito intenso, com poucos períodos de repouso.
O sono começa a acumular-se. Estamos a terminar as triagens cada vez mais tarde.
Para além da participação no trabalho de campo e no trabalho de laboratório do/as investigadore/as, há ainda muitas tarefas, directamente ligadas aos outputs necessários do programa "professore/as a bordo".
Há que manter o "Diário de Bordo" actualizado, ir construindo o blogue (na medida do possível), fazer balanços diários relativos às aprendizagens, encantamentos ou constrangimentos deste estreito contacto com o meio científico e com a sua arte/ofício.
A dinâmica que se instalou é, no entanto, facilitadora do bom entendimento e, por isso, de todo o nosso trabalho enquanto "professoras a bordo".
Neste dia, ao contrário do que se tinha previsto, devido ao mau tempo, não pudemos fazer a maré na costa norte.
Deslocamo-nos para a Ponta da Cruz.
Um local paradisíaco. Mais um.
O acesso era complicado e exigia alguma perícia.
Talvez, por isso, mantinha alguma biodiversidade.
Neste dia, troquei de grupo de trabalho: passei a intergrar a equipa do DiverseShore, fazendo colheitas de gastropodes.
Neste grupo, o método consiste basicamente em fazer colheitas, circulando aleatoriamente, durante cerca de 25 min, em cada um dos 3 andares: litoral inferior, medio e superior.
Terminado o trabalho de campo, recolhemos, mais uma vez à Estação de Biologia Marinha para, logo depois do almoço, proceder às triagens do material.
Sem comentários:
Enviar um comentário